As consultas pré-operatórias influenciam e muito no resultado final e na segurança na realização das cirurgias plásticas, sejam elas estéticas ou reparadoras. Por esse motivo, o ideal é que sejam realizadas pelo menos duas consultas presenciais antes da cirurgia, permitindo que haja tempo suficiente para se pensar e discutir todas as circunstâncias que envolvem o planejamento da cirurgia.
O que acontece na primeira consulta pré-operatória?
Durante a primeira consulta é realizada a anamnese e o exame físico. A primeira etapa é a anamnese, isto é, o momento em que o médico escuta toda a história do paciente e faz algumas perguntas direcionadas, colhendo informações como as queixas e desejos do paciente, a presença de doenças como hipertensão arterial (pressão alta) e diabetes, o uso de medicações de uso regular, alergias, cirurgias que já foram realizadas, os hábitos de vida e outras informações importantes.
Vale destacar que é de extrema importância contar tudo ao seu médico e não omitir nenhuma informação, pois isso poderá fazer bastante diferença no sucesso da cirurgia.
Em um segundo momento é realizado o exame físico, no qual são medidos o peso, a altura e o IMC (Índice de Massa Corpórea), com a análise das características do corpo que variam de pessoa para pessoa como, por exemplo, uma maior ou menor sobra de pele e maior ou menor espessura do tecido adiposo.
Próximo passo: planejamento cirúrgico
Após a anamnese e o exame físico é realizado o planejamento da(s) cirurgia(s). É explicado ao paciente quais são as possibilidades cirúrgicas, bem como as vantagens e desvantagens de cada uma, os riscos de complicações e quais precauções serão necessárias para uma boa recuperação.
É importante que o cirurgião e o paciente discutam a respeito das possibilidades de tratamento e cheguem àquela opção que melhor vai de encontro às expectativas do paciente. Procure sempre conversar bastante e falar tudo o que te incomoda no seu corpo e o que você espera que a cirurgia te proporcione de melhora.
É preciso ressaltar que as cirurgias não são sempre iguais, como uma receita, e certos itens podem mudar de acordo com as preferências e queixas de cada paciente, como é o caso do posicionamento, da extensão das cicatrizes e do tamanho das próteses de mama.
Infelizmente as cirurgias plásticas têm limitações e nem tudo pode ser corrigido, mas é preciso que se esclareça o que poderá e o que não poderá ser modificado para criar expectativas realistas com os resultados e assim ter uma maior satisfação.
A necessidade dos exames varia de acordo com o porte da cirurgia, idade do paciente e a presença de doenças associadas. Cirurgias menores em pacientes jovens e sem comorbidades podem não necessitar da realização de nenhum exame, enquanto cirurgias maiores podem necessitar de vários exames.
Dessa forma, podem ser solicitados pelo cirurgião exames como os de sangue (hemograma, coagulograma, creatinina, glicemia de jejum, dentre outros), raio X de tórax, ultrassom das mamas e do abdome e risco cirúrgico. O risco cirúrgico nada mais é do que uma consulta com um clínico ou cardiologista que faz um check-up a respeito de toda a saúde do paciente.
A segunda consulta
Na segunda consulta pré-operatória, o paciente retorna já com os exames realizados. Nesse dia são revistos os planejamentos das cirurgias; retiradas as dúvidas; checados os exames e são realizadas as fotografias pré-operatórias.
Nesse momento, determinadas situações podem ser identificadas a partir da história do paciente e dos exames apresentados, possibilitando que sejam corrigidas ou controladas antes da cirurgia. É o caso da anemia, da hipertensão arterial sistêmica (pressão alta) e da diabetes.
Uma simples anemia pode ser o diferencial entre uma recuperação sem intercorrências e o aparecimento de deiscências (abertura dos pontos), que atrasa a recuperação e pode levar a uma cicatriz de aspecto mais alargado. Vale salientar que o tabagismo também prejudica demais a cicatrização, devendo ser interrompido por pelo menos 90 dias antes das cirurgias.
No caso de cirurgias reparadoras com cobertura por planos de saúde são feitos os pedidos das cirurgias e os relatórios. O termo de consentimento é entregue a paciente para ser lido em casa com calma e devolvido no dia da cirurgia. O contrato de prestação de serviços, quando necessário, é preenchido nessa consulta.
Durante a segunda consulta também, caso sejam necessárias, são apresentadas ao paciente a cinta, o sutiã e as meias compressivas que mais se adequam para o pós-operatório.
Às vezes, mais consultas pré-operatórias podem ser necessárias
Destaca-se ainda que, em alguns casos torna-se necessária a realização de uma terceira consulta pré-operatória com data próxima à da cirurgia, a fim de que, caso novas dúvidas apareçam, possam ser retiradas prontamente. Além disso, a cinta e/ou sutiã são provados pelo paciente, o que permite que haja a troca do tamanho caso não seja o mais adequado.
Portanto, é de extrema importância a realização de um bom pré-operatório. É no decorrer dessas consultas que se forma a relação entre o médico e o paciente, que deve ser respaldada na transparência, no respeito e na confiança mútua.
Especialista em cirurgia plástica estética e reparadora no Rio de Janeiro
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Luis Claudio Abrahão Barbosa
Cirurgião Plástico, especialista em cirurgia plástica estética e reparadora no Rio de Janeiro
CRM 52.84276-1
RQE 21.288