Muitos pacientes ficam insatisfeitos, após uma cirurgia bariátrica, com excesso de pele na circunferência abdominal, nas mamas, nos braços e coxas. As cirurgias plásticas corretivas são fundamentais para devolver a autoestima aos pacientes, tanto masculinos como femininos. É importante destacar que, para a realização de qualquer cirurgia plástica pós-bariátrica, é necessário que o paciente estabilize o seu peso, ou seja, não poderá mais haver qualquer alteração superior a 10%.
Há um longo caminho a ser percorrido da obesidade até o corpo idealizado, é preciso que o paciente tenha conhecimento das etapas necessárias para chegar até o seu objetivo. Após o período de estabilidade do peso, é feito o planejamento dos procedimentos a serem realizados, que podem ser combinados, caso o paciente não possua comorbidades. Contudo, não será possível, em apenas uma cirurgia, o tratamento de todas as áreas ao mesmo tempo.
Quais pacientes são aptos para cirurgias combinadas?
Quando associamos duas ou mais cirurgias no mesmo dia, denominamos cirurgias combinadas, contudo essas cirurgias não podem ser muito complexas, e nem todos os pacientes podem passar por este tipo de procedimento. Já que, para ser realizado em conjunto, é aumentado o tempo da cirurgia, o risco de complicações e o tempo para recuperação. Por isso, como já mencionado anteriormente, pacientes que possuem comorbidades não estão aptos ao procedimento.
Em geral, as cirurgias combinadas fazem parte do planejamento de três etapas para pacientes pós-bariátrica sem comorbidades. Elas são: 1) Abdominoplastia 360°; 2) Mamas, tórax e braços e 3) Cirurgia das coxas. Pacientes com pressão alta, diabetes ou qualquer outra doença crônica não estão aptos a realizar cirurgias combinadas. Além disso, o ideal é que os pacientes que vão passar pelo procedimento sejam jovens e estejam no peso adequado, visando sempre o máximo de segurança para as cirurgias, diminuindo os riscos e melhorando os resultados.
Primeira etapa: Abdominoplastia 360°
Também conhecida como Abdominoplastia Circunferencial ou Bodylifting, a Abdominoplastia 360° é indicada para pacientes que possuem excesso de pele e gordura na parte superior e/ou inferior do abdome e dorso baixo, além da flacidez muscular e ptose glútea. Neste tipo de cirurgia, a cicatriz é longa e segue horizontalmente por toda circunferência do tronco do paciente. Geralmente sua localização frontal fica, para mulheres, a 6 cm do início da rima vulvar e, nos homens, a 6 cm da base do pênis. Já a localização posterior, fica logo acima do início da dobra entre as nádegas, prolongando-se até o dorso. A cicatriz do dorso encontra-se com a cicatriz frontal, formando um 360°. A boa cicatrização depende da predisposição genética e outros fatores como repouso, boa alimentação e, é claro, seguir à risca as recomendações médicas. É importante levar em consideração que em pacientes pós-bariátricos, ex-obesos, com estrias ou acima dos 40 anos; poderá haver uma flacidez residual de acordo com o tipo de pele do paciente.
Segunda Etapa: mamas, tórax e braços.
A cirurgia braquio-dorso-mamoplastia, braços, tórax e mamas ou upper bodyift fazem parte da segunda fase do planejamento em três etapas para pacientes ex-obesos. Ela consiste no tratamento da região superior do tronco, vista pelo cirurgião como uma área anatômica única. Isso porque pacientes que passaram por um procedimento de bariátrica geralmente ficam com excessos de pele nessas áreas exatamente pelo “esvaziamento do tórax”, além de ser uma grande insatisfação para as pacientes mulheres, terem as mamas alteradas pela flacidez. Geralmente é realizada braquio-dorso-mamoplastia em “L” em pacientes que não possuem menor deformidade látero-posterior.
Os tipos de procedimentos enquadrados durante a cirurgia combinada dependerão da realidade de cada paciente, por exemplo: mamoplastia com inserção de prótese é indicado para pacientes que perderam o tecido mamário após o emagrecimento e não possuem tanto excesso de pele.
Terceira etapa: cirurgia das coxas
A cruroplastia, também conhecida como coxoplastia, é a cirurgia que tem como objetivo retirar o excesso de pele, permitindo um melhor formato às coxas. Para pacientes com pouca sobra de pele, é realizada apenas uma incisão horizontal, próxima à virilha, para a retirada de pele. Contudo, em pacientes com maior sobra de pele, é necessária uma outra sutura na vertical, para maior retirada de pele. Geralmente a cicatriz, de acordo com a necessidade de cada caso, é possível ir até o meio da coxa ou até o joelho.
Por ser uma cirurgia que demanda um pouco mais de cuidados, ela é a última etapa do planejamento das cirurgias para pacientes ex-obesos. É importante também lembrar que as cicatrizes nessas áreas costumam ter um aspecto mais evidente do que as cicatrizes nas regiões das mamas e do abdome. O paciente, juntamente com o médico, deve avaliar a real necessidade e o desprendimento para lidar com a cicatriz, ponderando se, de fato, traz mais vantagem ficar com aquele excesso de pele ou uma cicatriz aparente.
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