Após a realização de uma cirurgia plástica, é extremamente importante seguir as recomendações para o pós-operatório que forem passadas pelo seu médico, especialmente no que diz respeito ao repouso neste período.
Realizar movimentos bruscos ou pegar muito peso pode levar ao sangramento de um vaso e à formação de um hematoma, assim como à movimentação de uma prótese ou abertura (deiscência) dos pontos. Por esse motivo, costumamos recomendar um repouso de 2 a 4 semanas, dependendo do tipo de cirurgia a ser realizada.
Edemas (inchaços) costumam aparecer no corpo todo no pós-operatório
Outro ponto importante após a realização de qualquer cirurgia é o surgimento de edemas (inchaço), que costumam aparecer não apenas na região que foi manipulada, mas também no corpo todo, sendo mais visível geralmente nas pernas. O edema ocorre pela retenção de líquido nos tecidos, sendo o responsável pelo aumento do peso do paciente nos primeiros dias do pós-operatório.
Nesse caso, são recomendações para que se possa prevenir o edema e acelerar a sua recuperação: beber bastante água, evitar ingerir alimentos ricos em sal (como embutidos e alimentos industrializados) e procurar se movimentar, evitando movimentos bruscos, mas andando o dia todo e só permanecendo deitado durante a noite.
É importante esclarecer que o edema costuma demorar de três a seis meses para melhorar, e só depois desse período é possível avaliarmos o resultado final da cirurgia.
Um terceiro ponto que não deve ser esquecido após a realização da cirurgia plástica está relacionado com a alimentação do paciente. Ela deve ser leve e balanceada, rica em frutas, legumes e verduras, a fim de disponibilizar todos os nutrientes necessários. Alimentos muito pesados e condimentados devem ser evitados, pois podem causar mal-estar.
Uso de cintas, sutiãs, meias de compressão e/ou curativos compressivos é uma das recomendações para o pós-operatório mais indicadas
Além disso, também influencia no resultado da cirurgia plástica o uso de cinta, sutiã ou curativo compressivo. Assim, busca-se evitar o acúmulo de líquidos (seroma) e diminuir o edema, fornecendo mais segurança ao paciente na realização dos movimentos.
Na maioria dos casos, recomendamos o uso da cinta pelo período de 45 dias durante 24 horas por dia e, depois, o uso da cinta por mais 45 dias apenas durante 8 a 12 horas. O uso de cintas de qualidade superior e mais confortáveis geram um desconforto menor ao paciente.
Ressalta-se que, depois desses 3 meses é importante parar o uso das cintas, porque o uso muito prolongado delas pode levar à flacidez da musculatura da parede abdominal, podendo provocar hérnias e o retorno da diástase dos retos (afastamento dos músculos).
Por fim, outra recomendação no pós-operatório diz respeito ao uso de meias de compressão e à movimentação das pernas ao andar, pois são fatores essenciais na prevenção de trombose venosa profunda. Além disso, é indispensável o uso das medicações prescritas durante o tempo que foi recomendado.
Alternativas que podem ser utilizadas pelo cirurgião para reduzir o tempo de recuperação
Durante a realização da cirurgia, buscamos sempre adotar medidas que permitam contribuir para que a recuperação do paciente seja o mais breve e o menos desconfortável possível.
Uma das nossas primeiras preocupações é sempre que possível a utilização apenas dos pontos internos, que evitam o desconforto na retirada de pontos, principalmente quando se trata de regiões como aréolas e cicatriz umbilical.
Além disso, também buscamos utilizar a cola cirúrgica, que permite uma série de benefícios, dentre eles: acelera e favorece a cicatrização; impermeabiliza a ferida cirúrgica, diminuindo a necessidade de curativos e o risco de infecções, facilitando a manutenção da cinta e das roupas limpas.
Durante o procedimento cirúrgico, também procuramos utilizar os curativos impermeáveis, o que permite que o paciente já possa tomar banho no dia seguinte à cirurgia, assim como facilita a manutenção das cintas limpas.
Uma outra medida que costumamos adotar é a substituição do uso de drenos por pontos internos, o que proporciona um conforto maior ao paciente, diminuindo o risco de infecções e o aparecimento de uma cicatriz indesejável na saída do dreno.
Conte com um cirurgião plástico no Rio de Janeiro
Por último, vale destacar que uma avaliação cuidadosa no pós-operatório, com a presença de um cirurgião plástico no momento da alta hospitalar e a realização de consultas para revisão periódicas durante as primeiras semanas, diminui a chance de complicações e permite que pequenas intercorrências sejam logo diagnosticadas e o seu tratamento iniciado precocemente. Por exemplo, uma cicatriz hipertrófica apresenta melhores resultados quando diagnosticada e iniciado logo o tratamento com corticoide em fita ou injetável.
Por esse motivo, recomendamos consultas semanais no primeiro mês, e depois consultas mensais até seis meses após a cirurgia. Além disso, sempre deixamos um número de contato direto do paciente com a equipe médica, a fim de propiciar uma melhor comunicação a respeito de qualquer dúvida ou intercorrências.
É importante, então, encontrar um cirurgião plástico que seja especializado em cirurgia estética e reparadora, para que ele possa não só atender às suas expectativas, como também te dar toda a atenção possível.
Luís Cláudio Abrahão Barbosa
Cirurgião Plástico, especialista em cirurgia plástica estética e reparadora no Rio de Janeiro
CRM 52.84276-1
RQE 21.288